quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Acreditei no mar


Acreditei no mar


Percorri a umbria de um eclipse
que nas vagas não reflectia
Apaguei os olhos e sorri com uma lágrima
.Ao abrir , fitei o azul
o azul do céu , do mar e da lua
Ouvi então estremecerem as ondas
e a areia lacrimar
. Voltaram os raios lunares,
voltei ao luar da noite
húmida e fria
em que me movo
e te deito.
Minha gárgula de vida,
,meu eterno mar.
Nuno Travanca
.

Saudade


Saudade é o que eu tenho de passear a olhar para esta paisagem que tem o poder imenso de me acalmar e de me fazer esquecer de tudo o que não quero lembrar.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Amiguinhos


Amigos......
O que são os amigos?
Quem são os amigos?
Por vezes enganam-nos,metem-nos,abusam da nossa paciência e muitas coisas mais .
Será que essas pessoas eram quem nós pensavamos?
Não.
Não eram
Andamos todo este tempo enganados ou melhor deixamo-nos enganar porque enquanto isso acontecia, o tempo ía passando e nos acabamos por nos acomodar a todo o tipo de situações,é mais fácil.
Mas nem sempre é assim e á um dia em que as coisas mudam e conseguimos dar um grito ,então aí somos más e não fazemos um esforço para entender os problemas dos outros,sempre os problemas dos outros,e os nossos alguem se preocupa com os nosssos problemas?
NAO!

domingo, 27 de janeiro de 2008

Paz


Não sei ao certo o porquê deste blogue,e tambem não sei algum dia vou saber.
Por isso enquanto não souber a resposta vou escrevendo qualquer coisa para me distrair,e vou tentando mostrar um pouco de mim através de imagens e de alguns textos.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Procura-se um amigo...

Não precisa ser homem, basta ser humano, basta ter sentimentos, basta ter coração. Precisa saber falar e calar, sobretudo saber ouvir. Tem que gostar de poesia, de madrugada, de pássaro, de sol, da lua, do canto, dos ventos e das canções da brisa. Deve ter amor, um grande amor por alguém, ou então sentir falta de não ter esse amor.. Deve amar o próximo e respeitar a dor que os passantes levam consigo. Deve guardar segredo sem se sacrificar.Não é preciso que seja de primeira mão, nem é imprescindível que seja de segunda mão. Pode já ter sido enganado, pois todos os amigos são enganados. Não é preciso que seja puro, nem que seja todo impuro, mas não deve ser vulgar. Deve ter um ideal e medo de perdê-lo e, no caso de assim não ser, deve sentir o grande vácuo que isso deixa. Tem que ter ressonâncias humanas, seu principal objetivo deve ser o de amigo. Deve sentir pena das pessoa tristes e compreender o imenso vazio dos solitários. Deve gostar de crianças e lastimar as que não puderam nascer.Procura-se um amigo para gostar dos mesmos gostos, que se comova, quando chamado de amigo. Que saiba conversar de coisas simples, de orvalhos, de grandes chuvas e das recordações de infância. Precisa-se de um amigo para não se enlouquecer, para contar o que se viu de belo e triste durante o dia, dos anseios e das realizações, dos sonhos e da realidade. Deve gostar de ruas desertas, de poças de água e de caminhos molhados, de beira de estrada, de mato depois da chuva, de se deitar no capim.Precisa-se de um amigo que diga que vale a pena viver, não porque a vida é bela, mas porque já se tem um amigo. Precisa-se de um amigo para se parar de chorar. Para não se viver debruçado no passado em busca de memórias perdidas. Que nos bata nos ombros sorrindo ou chorando, mas que nos chame de amigo, para ter-se a consciência de que ainda se vive.

Autoria de Vinicius de Moraes
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